domingo, 3 de novembro de 2013

Simples assim

"A felicidade não é deste mundo."
Sendo este planeta um mundo de provas e expiações, até que faz sentido. Todos estamos aqui para reparar as falhas cometidas em outros tempos. Somos, hoje, melhores do que fomos antes, essa é uma certeza incontestável. Por aqui passamos e vivemos com a finalidade de, a cada dia, evoluir no "ser". Tendo por meta essa evolução, a felicidade, ou o bem estar, passa a ser consequência inevitável na caminhada.
Sou irremediavelmente otimista e bem humorada, o que facilita em muito o progresso como pessoa, mas não deixo de lado a consciência de que há um longo caminho a percorrer ainda.
Para continuar seguindo, uma preciosa aliada é a simplicidade. Paremos para fazer uma rápida análise sobre alguns dos grandes líderes pacifistas que por aqui passaram: Jesus, Francisco de Assis, Gandhi, Chico Xavier, Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, entre outros tantos, foram pessoas simples, em nenhum momento ostentaram riquezas, ou bens materiais. Preocuparam-se apenas em pregar a PAZ e o AMOR, com total desprendimento. Modelos a serem seguidos.
Há pouco tempo, li um livro sobre a vida de Paulo de Tarso. Quanto ensinamento! De importante cidadão judeu, um rabino, vindo de influente família, passou a um ser errante, simples, abdicando da fama e da fortuna para se dedicar a transformar a vida de tantos povos sobre os ensinamentos cristãos.
Um bom começo, com tantos exemplos a seguir, é descartar a vaidade. Sem ela, conseguimos nos livrar do orgulho, da ambição desmedida e passamos a ter um novo olhar para o mundo.
Na sequência, uma boa análise da nossa conduta trará à tona muitos defeitos e vícios dos quais devemos nos livrar. Eu mesma, consciente do meu temperamento explosivo, que tanta mágoa causou a tantas pessoas e a mim mesma, tratei logo de começar por aí a minha faxina interior. Posso dizer que, pelo menos nos últimos três ou quatro anos, com muito controle interno, tenho conseguido evitar os indesejáveis descontroles emocionais. Não faltaram motivos para eles acontecerem, creiam.
Contornada (com muita vigília) essa etapa, passei a me dedicar ao feio vício de fazer críticas a quem, ou ao quê quer que seja. Ainda tenho umas recaídas, mas estou em luta constante.
Decidida a levar adiante a minha reforma íntima, passei a enfrentar o que tenho considerado a maior batalha até agora: o murmúrio. Essa mania de reclamar faz com que eu dê dois passos para a frente e um para trás na caminhada.
Sigo tentando, vigiando, com a certeza de que a lista de vícios e defeitos para corrigir é longa, que caminhar é preciso, mas um dia, quem sabe daqui a mil anos, eu chego lá.
O mais importante: a simplicidade, o desapego e o firme propósito de ser melhor a cada dia têm me proporcionado cada vez mais momentos de puro bem estar. Acho que isso é felicidade, não?

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